Governo quer leiloar 8 rodovias, 4 ferrovias e 4 aeroportos em 2016
Obras de infraestrutura podem representar investimentos de R$ 69,4 bi.
Em 2015, foram realizados só 2 leilões do pacote de R$ 198,4 bilhões.
Obras de infraestrutura podem representar investimentos de R$ 69,4 bi.
Em 2015, foram realizados só 2 leilões do pacote de R$ 198,4 bilhões.
O governo propôs às atuais operadoras de ferrovias uma taxa de retorno de 11,04% para balizar investimentos que serão exigidos em troca da extensão, por 30 anos, de seus contratos de concessão. Esse índice ainda será discutido em audiência pública aberta pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e está sujeito a mudanças, mas é o mais alto dos cinco anos da gestão Dilma Rousseff em qualquer área de infraestrutura.
A Ferrovia Norte-Sul vai receber seu primeiro trem de carga com transporte de soja desde que teve seu novo trecho até Anapólis (GO) inaugurado pela presidente Dilma Rousseff, um ano e meio atrás. Na sexta-feira, foram embarcadas 5.100 toneladas de farelo de soja em 60 vagões da empresa de logística VLI. O embarque foi feito por meio de uma tulha da empresa Granol, estrutura usada para transportar os grãos dos armazéns até os vagões.
Insatisfeita com as minutas dos contratos de arrendamentos do leilão nos portos de Santos (SP) e Vila do Conde (PA), a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) pediu ontem, em carta, a suspensão dos editais à Secretaria de Portos (SEP), mas depois recuou.
Diante das dificuldades para se fazer novos leilões de ferrovia, o governo federal acelerou a negociação com as atuais concessionárias do setor com o objetivo de impulsionar investimentos. O plano pode gerar até R$ 16 bilhões em melhorias obrigatórias na malha existente em troca da extensão do prazo dos contratos. Agora, a expectativa é que haja uma conclusão das conversas já no ano que vem.
O presidente da Cosan, Marcos Lutz, reforçou a necessidade de diversificar os modais brasileiros para melhorar a logística da produção do agronegócio nacional. O executivo defendeu o aumento da participação das ferrovias na composição total dos transportes.
O governo estuda estender o prazo dos contratos portuários pré1993 que estão vencidos ou prestes a vencer, possibilidade que já não era mais cogitada. A maioria desses terminais permanece operando via liminar por considerar que tem direito a ficar na área, que é da União. “Há uma discussão com o Congresso e no governo para que seja feito um decreto presidencial que permita a operação dos pré93”, disse ontem o ministro dos Portos, Helder Barbalho, no “Fórum Infraestrutura de Transporte”, do jornal “Folha de S. Paulo”.
A ferrovia mais desejada pelo agronegócio para o escoamento de grãos do Centro-Oeste está um passo mais próxima de virar realidade. As tradings Cargill, Bunge, Louis Dreyfus Commodities e Amaggi, consorciadas com a empresa de estruturação de negócios EDLP, já entregaram ao governo federal sua Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para a construção do trecho ferroviário entre os municípios de Sinop, em Mato Grosso, e Miritituba, no Pará.
O porto de Paranaguá (PR) se prepara para expandir a capacidade de recepção dos super navios, os póspanamax. O governo assina hoje o maior contrato de dragagem de um porto brasileiro, no valor de R$ 394,2 milhões. A obra irá aprofundar os canais interno e externo, os acessos aos berços de atracação e os berços do porto, um dos que mais movimentam grãos, fertilizantes e contêineres no Brasil.
Ao menos quatro lotes rodoviários localizados em Minas Gerais e em Santa Catarina estão sendo considerados pelo governo federal para serem incluídos no programa de concessões de infraestrutura. O Valor apurou que o Ministério dos Transportes deve encomendar nos próximos meses os estudos de viabilidade para delegar ao setor privado as obras e a administração de lotes nas rodovias BR280 e BR470 (SC) e BR251 e BR365 (MG).
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