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Rodovias brasileiras seguem com problemas, apesar da melhora

Seis entre 10 rodovias asfaltadas no Brasil estão em condições inadequadas para tráfego. Esse é o resultado do mais recente estudo realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Somado ao fato de que apenas 12% das rodovias brasileiras são asfaltados, o cenário se torna ainda mais preocupante.

Principalmente para as indústrias brasileiras, que movimentam 65% da produção nacional pelo modal rodoviário e já são afetadas pela precariedade dos outros modais. Com estradas tão ruins, as empresas sofrem por atrasos nas entregas, prejuízos com acidentes, aumento na manutenção dos veículos, maior consumo de combustível, dentre outros fatores que impactam os custos do transporte.

Tudo bem que houve uma melhora nas rodovias brasileiras entre 2004 e 2016, período analisado pela CNT, mas os quase 60% de rodovias em estado precário continuam impactando a economia brasileira. Uma indústria precisa, principalmente, produzir de forma eficiente e levar o seu produto também de forma eficiente ao mercado. Se uma dessas premissas falha, os problemas começam a surgir, com reflexos dentro e fora da empresa.

Além de prejudicar quem já faz parte do mercado, a precariedade da infraestrutura de transportes do Brasil afasta o surgimento de novos players. Se, em um primeiro momento, os investidores ficam entusiasmados com o tamanho do mercado nacional, a preocupação rapidamente aparece quando são analisadas questões como logística e impostos, para apenas ficarmos nas mais evidentes.

Basta olhar a China para entender a importância de investir em uma infraestrutura de transportes de qualidade. Quando decidiram apostar no crescimento econômico, os chineses saíram dos cerca de 1 milhão de quilômetros de rodovias asfaltadas de 1990 para os atuais 4 milhões de quilômetros, praticamente alcançando os Estados Unidos, que possuem a mais extensa malha rodoviária do mundo, com 4,4 milhões de quilômetros.

É evidente que a competição não é pela maior malha rodoviária, mas, sim, pela mais eficiente. Se, ao menos, os 211 mil quilômetros de rodovias asfaltadas do Brasil estivessem em ótimas condições, as empresas, e o país, naturalmente, já se beneficiariam disso. A China mostra que esse crescimento é possível, basta planejar e investir.

https://ilos.com.br

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Comunicação Social pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA). Atuação em diversos projetos com ênfase na análise de mercado para empresas como Unilever, Intertank, Invepar, Aqces, Banco Interamericano de Desenvolvimento e Banco Mundial.

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