HomePublicaçõesInsightsQuanto maior, melhor? Estudo aponta que obsessão pelo aumento do tamanho de navios pode estar no fim!

Quanto maior, melhor? Estudo aponta que obsessão pelo aumento do tamanho de navios pode estar no fim!

O jornal Financial Times publicou, nesta quarta-feira, 09/03/2016, uma interessante reportagem comentando um estudo que aponta que a obsessão pela construção e uso de navios porta-contêineres cada vez maiores pode estar chegando ao final. Apesar de seu conteúdo ser um pouco diferente, a reportagem me inspirou a refletir sobre a impressionante evolução no tamanho deste tipo de embarcação nos últimos 20 anos, saindo de uma capacidade de cerca de 8.000 TEUs para mais de 19.000 TEUs, refletindo o crescimento do comércio global, sobretudo em rotas de grande distância a partir da Ásia.

A consolidação da China e de outros países do Leste Asiático como grandes exportadores de produtos manufaturados demandou maior capacidade de movimentação dos navios porta-contêineres e iniciou uma corrida pela construção de navios cada vez maiores e com mais capacidade de carga. Em um cenário de expansão do comércio global é natural que o foco seja eficácia, isto é, ser capaz de aumentar o “output” do processo, neste caso, a capacidade de transportar cada vez mais mercadorias.

No entanto, a diminuição das exportações da China e a contração da demanda global por commodities, sinalizando um enfraquecimento do comércio global, fazem com que as empresas de navegação comecem a se questionar sobre a eficiência de suas operações com navios de grande porte, que possuem elevados custos operacionais e diversas restrições, que limitam sua utilização a um pequeno grupo de portos capazes de recebê-los. O novo cenário obriga as empresas a serem mais flexíveis e eficientes, o que talvez seja possível com navios de menor porte.

Esta constatação, de que nem sempre o melhor é ser o mais eficaz e operar com navios maiores, vale para quaisquer tipos de operações e empresas que estejam na situação de constrição de volume, obrigando a uma reflexão sobre se as práticas adotadas no período de expansão da demanda continuam as mais adequadas para os desafios que hora se apresentam.

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Sócio Executivo do ILOS. Graduado em Engenharia de Produção pela EE/UFRJ, é Mestre em Administração de Empresas pelo COPPEAD/UFRJ com extensão na EM Lyon, França, e doutor em Engenharia de Produção na COPPE/UFRJ. Tem diversos artigos publicados em periódicos e em revistas especializadas, sendo um dos autores do livro: “Previsão de Vendas: Processos Organizacionais & Métodos Qualitativos e Quantitativos”. Suas áreas de pesquisa são: Planejamento da Demanda, Serviço ao Cliente no Processo Logístico e Planejamento de Operações. Atuou durante 8 anos no CEL-COPPEAD/UFRJ, ajudando a organizar a área de Ensino em Logística. Em consultoria, realizou diversos projetos na área de logística, como Diagnóstico e Plano Diretor, Previsão de Vendas, Gestão de Estoques, Planejamento da Demanda e Plano de Capacitação em empresas como Abbott, Braskem, Nitriflex, Petrobras, Promon IP, Vale, Natura, Jequití, entre outras. Como professor, ministrou aulas em empresas como Coca-Cola, Souza Cruz, ThyssenKrupp, Votorantim, Carrefour, Petrobras, Vale, Via Varejo, Furukawa, Monsanto, Natura, Ambev, BR Distribuidora, ABM, International Paper, Pepsico, Boehringer, Metrô Rio, Novelis, Sony, GVT, SBF, Silimed, Bettanin, Caramuru, CSN, Libra, Schlumberger, Schneider, FCA, Boticário, Usiminas, Bayer, ESG, Kimberly Clark e Transpetro, entre outras.

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