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Qual o valor proposto pelo processo de S&OP?

O website Supply Chain Insights publicou recentemente um relatório de um estudo realizado sobre Sales and Operations Planning (S&OP). Apesar do tema ser bastante conhecido e discutido por gestores de operações, é meritório o experimento de classificar e comparar empresas com graus de maturidade diferentes em seus processos de S&OP, em uma tentativa de identificar seus potenciais benefícios.

Como principal conclusão do estudo, empresas com processos de S&OP efetivos, isto é, “que usam tecnologias de planejamento do Supply Chain, possuem maior alinhamento entre vendas e operações com base em análises do tipo ‘what-if’ e modelam melhor os processos de Supply Chain para otimizar planos operacionais executáveis”, tendem a:

  1. Possuir maior alinhamento entre as áreas organizacionais, que além de ser causa de um processo de S&OP mais efetivo, também traz como consequência uma maior capacidade de se adaptar a possíveis sobressaltos do mercado. A Figura 1 apresenta um gráfico que mostra o desalinhamento entre a importância e a performance da integração de várias áreas.

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Figura 1 – Importância versus Performance na integração organizacional

Fonte: Supply Chain Insights

 

  1. Ser mais ágeis, que seria a capacidade de manter os níveis de serviço ao cliente, custos e qualidade dado os altos níveis de volatilidade no Supply Chain. A Figura 2, de outro relatório recente da Supply Chain Insights sobre estoques, ilustra o enorme desafio de lidar com a volatilidade na demanda e no fornecimento.

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Figura 2 – Volatilidade da Demanda e do Fornecimento como grandes desafios

Fonte: Supply Chain Insights

A Figura 3, por sua vez, mostra como um S&OP efetivo é capaz de melhorar a agilidade da cadeia.

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Figura 3 – Supply Chain Agility Performance

Fonte: Supply Chain Insights

 

  1. Balancear melhor os esforços de Vendas e Operações, o que gera um equilíbrio que leva a decisões mais rentáveis para a empresa no longo prazo. A Figura 4 mostra como as empresas com um S&OP mais efetivo conseguem balancear melhor os esforços de vendas e operações do que aquelas com um processo de S&OP menos efetivo.

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Figura 4 – Balanceamento entre os planos comerciais e de operações

Fonte: Supply Chain Insights

 

Há 5 anos, o ILOS realizou um amplo estudo sobre S&OP em empresas brasileiras que resultou em tentativa similar de classificar os níveis de maturidade do processo de S&OP em nosso país e, a partir daí, comparar seus desempenhos. Bastante interessante perceber, com os resultados desta pesquisa, ilustrados na Figura 5, que algumas das sugestões hoje colocadas, como focar e dar tempo para a elaboração dos planos, garantir a disponibilidades dos dados corretos para os envolvidos no processo e envolver a área financeira, já estavam dentre as conclusões do estudo de 5 anos atrás, o que mostra a dificuldade de evoluir e sobrepassar o estágio em que muitas empresas que usam S&OP se encontram.

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Figura 5 – Principais desafios do Processos de S&OP

Fonte: ILOS Pesquisa de Planejamento da Demanda e S&OP

 

Referências

<http://supplychaininsights.com/what-is-the-value-proposition-of-sales-and-operations-planning/>

<http://supplychaininsights.com/what-drives-inventory-effectiveness-in-a-market-driven-world/>

<https://ilos.com.br/web/analise-de-mercado/relatorios-de-pesquisa/planejamento-da-demanda-e-sop/>

https://ilos.com.br

Sócio Executivo do ILOS. Graduado em Engenharia de Produção pela EE/UFRJ, é Mestre em Administração de Empresas pelo COPPEAD/UFRJ com extensão na EM Lyon, França, e doutor em Engenharia de Produção na COPPE/UFRJ. Tem diversos artigos publicados em periódicos e em revistas especializadas, sendo um dos autores do livro: “Previsão de Vendas: Processos Organizacionais & Métodos Qualitativos e Quantitativos”. Suas áreas de pesquisa são: Planejamento da Demanda, Serviço ao Cliente no Processo Logístico e Planejamento de Operações. Atuou durante 8 anos no CEL-COPPEAD/UFRJ, ajudando a organizar a área de Ensino em Logística. Em consultoria, realizou diversos projetos na área de logística, como Diagnóstico e Plano Diretor, Previsão de Vendas, Gestão de Estoques, Planejamento da Demanda e Plano de Capacitação em empresas como Abbott, Braskem, Nitriflex, Petrobras, Promon IP, Vale, Natura, Jequití, entre outras. Como professor, ministrou aulas em empresas como Coca-Cola, Souza Cruz, ThyssenKrupp, Votorantim, Carrefour, Petrobras, Vale, Via Varejo, Furukawa, Monsanto, Natura, Ambev, BR Distribuidora, ABM, International Paper, Pepsico, Boehringer, Metrô Rio, Novelis, Sony, GVT, SBF, Silimed, Bettanin, Caramuru, CSN, Libra, Schlumberger, Schneider, FCA, Boticário, Usiminas, Bayer, ESG, Kimberly Clark e Transpetro, entre outras.

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