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Global Supply Chain Forum Model

Seguindo a linha do post de ontem, vou comentar hoje o segundo modelo mais popular de SCM, desenvolvido em 1998 pelo Global Supply Chain Forum (LAMBERT et al., 1998). O modelo proposto pelo GSCF identifica oito processos-chave que formam a base para o gerenciamento da cadeia de suprimentos, conforme Figura 1. A definição e compreensão compartilhadas destes processos são de crucial importância para o sucesso da gestão integrada da cadeia de suprimentos.

A ideia é que cada processo seja executado transpassando as fronteiras funcionais, eliminando os silos de recursos e informações existentes dentro da organização. Os silos neste modelo são caracterizados pelas áreas funcionais de Marketing e Vendas, Logística, Compras, Produção, Pesquisa & Desenvolvimento e Finanças. Cada processo é, posteriormente, dividido em uma série de subprocessos visando à implementação do modelo (LAMBERT et al., 2005).

GSCF

Figura 1 – Global Supply Chain Forum Framework

Fonte: LAMBERT et al., 1998

 

Reconhecendo a complexidade cada vez maior das cadeias de suprimentos, LAMBERT e POHLEN (2001) propõem sete passos para a validação do modelo GSCF e compreensão de como as atividades se multiplicam entre as camadas da cadeia de suprimentos e como se influenciam:

  • Mapear a cadeia de suprimentos desde o ponto de origem dos insumos até o ponto de consumo dos bens e serviços, a partir da identificação de cada relacionamento-chave existente;
  • Usar os processos de gerenciamento dos relacionamentos com clientes e fornecedores para analisar cada relacionamento e identificar oportunidades de apropriação de valor na cadeia de suprimentos;
  • Desenvolver extratos de “Ganhos e Perdas” para clientes e fornecedores para avaliar o efeito do relacionamento na rentabilidade e no valor para o acionista das duas empresas;
  • Realinhar processos e atividades da cadeia de suprimentos para alcançar os objetivos de desempenho;
  • Estabelecer medidas de desempenho não financeiras que alinhem os comportamentos individuais com os objetivos dos processos da cadeia de suprimentos e com as metas financeiras;
  • Comparar o valor para o acionista e a capitalização de mercado das empresas com os objetivos da cadeia de suprimentos e revisar processos e medidas de desempenho, conforme necessário;
  • Replicar cada um destes passos para cada relacionamento na cadeia de suprimentos.

O modelo GSCF salienta a importância de uma abordagem por processo, onde todas as áreas funcionais devem trabalhar juntas. Para isso, também é fundamental o desenvolvimento e estreitamento das relações com os principais clientes e fornecedores. De acordo com o modelo GSCF, quando todos os mecanismos de coordenação entre as várias funções estão em vigor, o resultado é uma cadeia de suprimentos eficiente e eficaz.

 

Referências

LAMBERT, D. M.; COOPER, M.C.; PAGH, J.D. Supply Chain Management: Implementation issues and research opportunities. The International Journal of Logistics Management, v. 9, n. 2, 1998.

LAMBERT, D. M.; GARCÍA-DASTUGUE, S.; CROXTON, K. An evaluation of process-oriented Supply Chain Management frameworks. Journal of Business Logistics, v.26, n.1, p. 25-51, 2005.

LAMBERT, D. M.; POHLEN, T. L. Supply Chain Metrics. The International Journal of Logistics Management, v. 12, n. 1, p. 1–19, 2001.

https://ilos.com.br

Sócio Executivo do ILOS. Graduado em Engenharia de Produção pela EE/UFRJ, é Mestre em Administração de Empresas pelo COPPEAD/UFRJ com extensão na EM Lyon, França, e doutor em Engenharia de Produção na COPPE/UFRJ. Tem diversos artigos publicados em periódicos e em revistas especializadas, sendo um dos autores do livro: “Previsão de Vendas: Processos Organizacionais & Métodos Qualitativos e Quantitativos”. Suas áreas de pesquisa são: Planejamento da Demanda, Serviço ao Cliente no Processo Logístico e Planejamento de Operações. Atuou durante 8 anos no CEL-COPPEAD/UFRJ, ajudando a organizar a área de Ensino em Logística. Em consultoria, realizou diversos projetos na área de logística, como Diagnóstico e Plano Diretor, Previsão de Vendas, Gestão de Estoques, Planejamento da Demanda e Plano de Capacitação em empresas como Abbott, Braskem, Nitriflex, Petrobras, Promon IP, Vale, Natura, Jequití, entre outras. Como professor, ministrou aulas em empresas como Coca-Cola, Souza Cruz, ThyssenKrupp, Votorantim, Carrefour, Petrobras, Vale, Via Varejo, Furukawa, Monsanto, Natura, Ambev, BR Distribuidora, ABM, International Paper, Pepsico, Boehringer, Metrô Rio, Novelis, Sony, GVT, SBF, Silimed, Bettanin, Caramuru, CSN, Libra, Schlumberger, Schneider, FCA, Boticário, Usiminas, Bayer, ESG, Kimberly Clark e Transpetro, entre outras.

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