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A saída competitiva para o Agronegócio no Brasil

A Fiesp acabou de lançar suas projeções sobre o Agronegócio brasileiro (Outlook Fiesp 2025) e, apesar dos atuais problemas econômicos do Brasil, a expectativa é de crescimento da produção nacional nos próximos dez anos. Um dos principais itens da balança comercial brasileira, o Complexo Soja deve registrar aumento de 34% na produção no período, o que vai exigir ainda mais da combalida infraestrutura de transporte de carga do País.

Não à toa, em recente evento organizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Summit Agronegócio Brasil 2015, os players do setor se mostraram preocupados em como escoar de forma eficiente a produção agrícola nacional. O tema não é novo, a solução já é, em parte, conhecida, mas as preocupações perduram quanto à sua implantação.

De fato, em todos os modelos de escoamento de soja que fizemos no ILOS, a produção brasileira subia em sua maioria quando você abria a capacidade dos portos da região Norte e viabilizava os acessos a eles. O ponto de corte se fazia no famoso paralelo 16, próximo às cidades de Lucas do Rio Verde e Sorriso, principais polos produtores do País. Tudo o que é produzido acima desse paralelo deve ser escoado pelos portos do Norte, com o restante devendo ir, principalmente, para Santos.


Atual movimentação de grãos para a região Norte pela BR-163

Fonte: Valor Econômico

Observação: até dezembro de 2015, a obra de asfaltamento da BR-163 até o Pará não foi concluída

 

A dificuldade, porém, está em viabilizar os novos projetos. Duas alternativas se desenvolveram nos últimos anos, o porto fluvial de Miritituba (PA) e o TEGRAM, no porto de São Luis (MA), mas elas, sozinhas, não resolvem o problema. Além de terminar a pavimentação da BR-163 e ampliar a capacidade de escoamento dos terminais graneleiros do Norte, é preciso viabilizar a chegada dos grãos a esses terminais usando modais de menor custo, como a ferrovia e a hidrovia. O  projeto mais interessante é o da Ferrogrão, que levaria a soja diretamente do centro produtor (Sorriso) para o porto de Miritituba por ferrovia, paralelamente à BR-163, mas que ainda está apenas no campo dos projetos.

Se tudo correr como nunca aconteceu, pode ser que, em 2023, já tenhamos os primeiros grãos indo para o Norte pela Ferrogrão. Entretanto, mesmo a Ferrogrão não é suficiente, sendo importante também resolver os problemas dos acessos a Santos, principalmente o ferroviário. Uma coisa é certa: é preciso investir e mudar! Afinal, transportar grãos por longas distâncias na caçamba de um caminhão é uma distorção absurda, cuja conta vem sendo paga há tempos pelos brasileiros.

https://ilos.com.br

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Comunicação Social pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA). Atuação em diversos projetos com ênfase na análise de mercado para empresas como Unilever, Intertank, Invepar, Aqces, Banco Interamericano de Desenvolvimento e Banco Mundial.

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