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Supply Chain em contexto de crise

Temos observado os Supply Chains se tornando cada vez mais globalizados em um ambiente de volatilidade crescente. Ao longo da última década, nos deparamos com maior frequência com os termos “ruptura” e “resiliência” em Supply Chains, o que deveria implicar em maior preocupação com a vigilância na manutenção da continuidade das operações. Em empresas líderes, o objetivo central tem sido incorporar mecanismos de reconhecimento e dimensionamento dos riscos de ruptura, e minimizar o hiato que resulta da capacidade de resposta das empresas em superá-los, principalmente nos casos de Supply Chains complexos e profundos.

As fontes de rupturas no Supply Chain são de origens diversas, as quais podem advir desde novas tecnologias capazes de transformar as operações e mercado consumidor; de contexto geopolítico; responsabilidade social e sustentabilidade; financeiro e econômico; e àquelas relacionadas à natureza, como mudanças climáticas e eventos dramáticos, como terremotos e tsunamis; dentre outras.

Neste sentido, as empresas globais líderes têm investido cada vez mais na gestão de riscos no Supply Chain para mitigar impactos negativos nos negócios e até obter vantagens comparativas frente à concorrência.

Nos últimos anos, o Brasil se alavancou por conta do crescimento do comércio internacional, com ênfase nos fortes aumentos da demanda por commodities que trouxeram benefícios concomitantes em termos de volume e preço.  Os negócios “surfavam” na onda da Globalização sem o devido reconhecimento de quão efêmero era este período de prosperidade. Mas, na medida em que a crise financeira de 2008 se propagava, deu-se início a uma nova era de reacomodação das principais economias das Américas, Europa e Ásia, caracterizada pela redução de crescimento de seus PIBs, maior protecionismo e volatilidade – econômica e financeira. Consequentemente, as empresas se depararam com um ambiente de mercado mais hostil, muitas vezes acentuado pela falta de preparo para absorver seus impactos adversos nos negócios.

Atualmente, constatamos que a situação brasileira foi se agravando pela persistência do governo em promover o consumo, além do razoável, na esperança de estimular a economia. Como não houve a contrapartida de investimentos do lado da oferta, incluindo infraestrutura, inibidos também por graves carências em termos de regulação de setores chave, o ambiente de negócios acabou se tornando ainda mais perverso para as empresas. Portanto, o quadro de recessão, surto inflacionário e alto desemprego que ora vivenciamos é mera consequência dessa triste história recente! A lição a ser apreendida é que a maioria das empresas não estava adequadamente preparada para este fator de Risco Brasil, apesar de hoje ser reconhecido como precursor de uma “tragédia anunciada”.

Vale a máxima Darwiniana de que as empresas com maior capacidade de adaptação a um ambiente em constante mudança são aquelas com as melhores condições de sobrevivência e de evolução no marketplace!

Às empresas que operam no Brasil, resta desenvolver uma gestão de riscos visando resiliência de suas operações, que deve incorporar aspectos relacionados à “escalabilidade” e ao contingenciamento, que incluem a incorporação de redundância e flexibilidade do Supply Chain. Assim, evitando rupturas de suprimento, ao mesmo tempo em que adequando o portfólio de produtos e serviço às exigências de um mercado em transformação.

Este é um assunto relevante que está no topo da agenda de altos gestores das empresas, o qual será tratado na Vertical “Supply Chain em contexto de Crise”, que faz parte da programação do nosso XXII Fórum Internacional de Supply Chain, e que contará com a participação de especialista internacional e de executivos de empresas líderes. Enfoque será dado na apresentação de um “framework” que destaca as questões críticas de uma gestão de riscos efetiva, e contará com um painel de discussão sobre iniciativas que empresas têm implementado visando construir resiliência no Supply Chain.

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