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Rodovias têm o menor crescimento desde 2009

As concessionárias de rodovias chegaram ao fim do ano com movimento de veículos 2,4% maior do que no ano anterior. Foi o crescimento mais fraco desde 2009, quando fluxo subiu 2,2%.

Pesou nos números de 2014 o movimento de veículos pesados (caminhões e ônibus), que caiu 2,6% contra 2013. É a primeira queda desse indicador, historicamente atrelado à atividade industrial, desde 2009. O motivo é o desempenho ruim da atividade industrial durante o ano.

“Estamos vendo queda no índice de confiança que tem perdurado por muito tempo. Além disso, há expectativa desfavorável com a política econômica e com a perspectiva de crescimento”, diz Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria. Ele lembra que o setor automotivo teve um ano ruim, com queda aproximada de 40% na exportação de veículos.

A Copa do Mundo, com feriados no meio do ano, também diminuiu a atividade. “Em junho e julho, a Copa do Mundo gerou reflexos na atividade econômica, com influência negativa sobre o movimento de veículos pesados. Não foi um bom ano para a indústria.”

As estradas só conseguiram manter números de crescimento no ano graças ao fluxo de veículos leves, ligado a indicadores de emprego e renda, que evoluiu 4,2%. “O fluxo de veículos leves, influenciado pelas taxas de desemprego baixas e boa renda, mantiveram o índice positivo”, explica o economista

“O resultado foi um estímulo ao tráfego de veículos de passeio e uma queda no movimento de caminhões, que acompanha a atividade industrial. O enfraquecimento do movimento de veículos pesados é nítido já desde meados de 2013, como reflexo do momento vivido pela indústria e em 2014 essa tendência se acentuou, resultando numa queda de 2,6% no acumulado do ano”, destaca Bacciotti.

Para 2015, os indicadores não são animadores – embora, de uma maneira geral, a economia deva se comportar um pouco melhor do que em 2014.

“Ainda será um ano complicado. A indústria tem acumulado estoques, apesar de alguns ajustes”, diz. “Esperamos um ligeiro crescimento na produção em 2015, explicado pela tendência de depreciação do câmbio. Juntamente com um crescimento mais ponderado de salário, fornecerá espaço para diminuir a entrada de importados”, afirma.

Na comparação de dezembro contra novembro, considerando os dados dessazonalizados, o fluxo de veículos leves cresceu 3% e o de veículos pesados caiu 1,4%, resultando num aumento total do índice de 1,4%. Na comparação de dezembro contra o mesmo mês de um ano antes, o índice total apresentou crescimento de 3,2%. O fluxo de veículos leves apresentou aumento de 4,5%, enquanto o fluxo de pesados recuou 1,2%. O índice é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

Fonte: Valor Econômico

Por Fábio Pupo

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