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JOGOS DE EMPRESA E OPERAÇÕES LOGÍSTICAS

Os jogos de empresa funcionam como uma espécie de laboratório, no qual é possível testar estratégias e decisões e avaliar os seus respectivos resultados. Da mesma forma que físicos, químicos e biólogos realizam experimentos em laboratórios, ou um piloto utiliza um simulador de vôo, os executivos podem utilizar os jogos de empresa em programas de capacitação, difusão do conhecimento, ou até mesmo para reflexão sobre determinado tema.

Dada a crescente utilização dessas ferramentas em Programas de Capacitação em Logística e em Eventos para a sensibilização dos impactos provenientes da gestão logística mais eficiente, este texto irá abordar os jogos de Logística, esclarecendo os aspectos mais relevantes relativos ao seu papel, a sua dinâmica e suas aplicações.

JOGOS DE EMPRESA

Igualmente aos simuladores de vôo, os jogos de empresa também simulam algo real, no caso a realidade empresarial. Os participantes divididos em equipes respondem pelo gerenciamento das suas respectivas companhias, normalmente concorrentes uma das outras. Assim, o grupo é posto à frente das tomadas de decisão.

Enquanto nos simuladores de vôo as respostas aos comandos são imediatas, assim como acontece na prática em um avião, nos jogos de negócio a realidade e a simulação não andam no mesmo compasso. No gerenciamento de uma empresa, muitas decisões têm repercussões não imediatas, por isto no jogo de negócios o tempo é “apressado” possibilitando em minutos a simulação de dias de trabalho. Assim, os participantes podem rapidamente avaliar os erros e acertos e corrigir o rumo de suas empresas fictícias. Isto faz com que o treinamento não consuma um tempo excessivo, além de propiciar uma dinâmica muito grande à atividade.

Para permitir uma rápida velocidade na tomada de decisão dos grupos sem prejudicar as discussões – fundamentais neste tipo de programa – o jogo deve simular a realidade de forma simplificada. O importante é que ele trate dos principais fatores do tema abordado.

Por se tratar de uma ferramenta de capacitação e troca de conhecimento, o jogo deve representar a realidade de um ambiente de negócios de maneira análoga à forma com a qual uma caricatura retrata uma pessoa, isto é, de modo simples, destacando o que é relevante. Simples do ponto de vista das decisões dos participantes em relação ao número de variáveis e a quantidade de informações.

Já o modelo – processador do jogo – pode e deve ser bastante sofisticado, e também calibrado de forma aderente à realidade para permitir aos participantes um feedback coerente com a prática empresarial. Por se tratar de um exercício, muitas vezes pode ser interessante amplificar alguns efeitos reais, como, por exemplo, determinados custos ou indicadores, quando estes estiverem relacionados com o propósito do jogo, de forma análoga aos traços marcantes de uma caricatura. Por isto, o jogo deve ter clara a sua real finalidade para que esses fatores possam ser ressaltados.

O paralelo com a realidade tem o propósito de convencimento dos participantes de que os efeitos verificados na simulação são os mesmos presentes na vida real. A contrapartida desta relação não deve ser perseguida, pois nem todos os parâmetros presentes no dia a dia das empresas devem estar presentes no jogo, sob o risco dele se tornar complexo e pouco dinâmico.

Em um livro sobre jogos de negócios – handbook of management games (1988) -, Elgood sugere algumas características definidoras de um jogo de empresas:

  • Ter uma estrutura clara, podendo ser reconhecido sempre que for aplicado;
  • Possuir estágios sucessivos, onde o aprendizado se dê por verificação de erros e acertos;
  • Permitir a identificação prévia dos critérios de avaliação de performance;
  • Exigir dos participantes certo nível de habilidade de relacionamento com os colegas do grupo, na coordenação de equipes de trabalho, bem como na utilização dos recursos disponíveis, tais como documentação apresentada, materiais de apoio e computadores;
  • Envolver competição e ter claro em seu término quais os vencedores.

JOGOS NA ÁREA DE LOGÍSTICA

O primeiro jogo computacional foi desenvolvido pela Rand Corporation – o Monopologs Game – para Força Aérea Americana em 1955. Curiosamente o jogo era de Logística e simulava um sistema de abastecimento e gerenciamento de materiais. Já no ano seguinte, 1956, foi desenvolvido o Top Management Game, considerado o primeiro jogo de empresas.

Apesar do termo Gerenciamento da Cadeia de Suprimento (Supply Chain Management) ter ganhado destaque e se tornado popular na década de 90, nos anos 60 o MIT (Massachusetts Institute of Technology) já tinha desenvolvido um jogo não computadorizado para simular a gestão de estoque em uma cadeia de suprimento, denominado Jogo da Cerveja, o qual, até hoje, continua a ser um dos jogos de empresa mais utilizados em todo mundo.

O JOGO DA CERVEJA

Tem como objetivo principal evidenciar a importância da integração e da troca eficiente de informações em uma cadeia de suprimentos. Para tanto, o jogo simula o processo de administração de estoques de empresas que compõem os diversos estágios de uma cadeia produtiva de cerveja (varejo, distribuidor, revendedor e fábrica), conforme é exposto na figura 1.

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Figura 1 – Cadeia de Suprimento do Jogo da Cerveja

A grande diferença entre este e os demais jogos de empresa é que a princípio não se trata de um jogo competitivo, mas sim colaborativo uma vez que todas as empresas de uma mesma cadeia de suprimentos têm um objetivo comum, o de minimizar o custo total da cadeia. Para manter o caráter competitivo, comum neste tipo de atividade, pode-se simular simultaneamente diversas cadeias de suprimentos competindo entre si.

Atualmente, diversos softwares já foram desenvolvidos pelas universidades que aplicam o jogo da cerveja em todo mundo. Alguns destes mantém o caráter lúdico e são utilizados junto com as peças físicas e cartões que representam os centros de distribuição, os estoques, a nota de pedido, os veículos etc (figura 2), enquanto outros são totalmente informatizados, ou mesmo aplicados pela internet (vide o software que acompanha o livro Designing and Managing the Supply Chain do Simchi-Levi).

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Figura 2 – Atividades com Peças Físicas e Tela Computacional

Risk Pool Game

Tem como objetivo mostrar o impacto da centralização ou descentralização dos estoques nos indicadores de custos e serviços. Para isto, os grupos gerenciam dois sistemas paralelamente, um com estoque centralizado e outro descentralizado. Assim, os participantes podem perceber que para um mesmo nível de disponibilidade de produto, o modelo descentralizado prescinde de um estoque de segurança maior (este jogo também é encontrado no já citado livro do Simchi-Levi).

Jogos de Logística Integrada

Para evidenciar a necessidade de uma integração não só entre as funções logísticas, mas também entre estas e a estratégia de marketing, alguns jogos, como por exemplo: o LOG, o LOG-Advanced, o BR-LOG e o LOGA (os três primeiros desenvolvidos no COPPEAD e o ultimo na Universidade de Michigan State) simulam um ambiente competitivo no qual cada equipe é responsável pelo gerenciamento de uma das empresas concorrentes que atuam em mercados comuns. Estes jogos envolvem decisões relativas ao suprimento e transporte de matéria-prima, apoio à produção, distribuição de produtos acabados e estratégia de marketing.

Um grande atrativo destes jogos é o alto grau de motivação dos participantes decorrente da competição entre as equipes. O fato dos mercados serem comuns e das equipes disputarem uma parcela destes mercados faz com que o resultado de cada período não seja fruto apenas de suas decisões, mas também das decisões e das estratégias dos demais grupos. Assim, uma determinada empresa pode, por exemplo, aproveitar o problema de disponibilidade de produto de um dos seus competidores para ganhar mercado. Conseqüentemente cada grupo tem a oportunidade de aprender não apenas com os seus erros e acerto, mas também com os da concorrência.

Os níveis de detalhe das decisões destes jogos são bastante variados, no LOG, por exemplo, a rede logística já é dada e as decisões são mais macros, não tratando de questões referentes às políticas de preço, de capacidade e de localização de instalações. Já no outro extremo, o BR-LOG e LOGA contemplam estas e outras decisões. O jogo mais indicado depende diretamente do nível de conhecimento dos participantes, da heterogeneidade do grupo, do objetivo do programa de capacitação e do tempo disponível para a atividade.

Entre os principais trade-offs abordados nestes jogos pode-se destacar a relação entre o custo do excesso e o custo da falta de estoques e ainda as relações entre os custos de estoques e os de produção e transporte. Assim, o principal objetivo é propiciar aos participantes uma visão sistêmica da logística com foco no custo total, mas também a oportunidade de vivenciar a gerência simultânea de todas estas atividades e ainda integrá-las com as ações de marketing.

Na maior parte das vezes, mesmo já conhecendo o conceito de Logística Integrada, os participantes começam o jogo buscando a minimização do custo de cada atividade isoladamente, mas no decorrer do programa, as equipes vão percebendo que ao buscar uma política de gestão limitada a uma função, como, por exemplo, transportes, acabam onerando outras atividades, como estoque e armazenagem.

Outros jogos de Logística

Alguns outros jogos, como por exemplo, o Supply Chain Game e Forecast Game foram desenvolvidos como parte de um programa de capacitação, ou seja, estão mais diretamente ligados a determinado conteúdo conceitual.

Dinâmica dos jogos de empresa

De acordo com a complexidade do jogo e com objetivo do programa, este pode durar pouco mais de duas horas até um total de mais de quarenta horas. Independente do tempo, as aplicações dos jogos são normalmente divididas em 3 etapas: a apresentação inicial, as rodadas de decisão e a apresentação final, as quais são descritas a seguir.

Apresentação inicial

Além da função de sensibilizar os participantes em relação à importância do jogo, tanto do ponto de vista conceitual, quanto prático, esta etapa tem dois objetivos primordiais. O primeiro é deixar as regras claras e o segundo é explicar como será a sua condução. É recomendada aos participantes a leitura prévia do manual do jogo. Neste caso, a apresentação passa a ter a função de reforçar algumas regras e esclarecer as eventuais dúvidas.

Nesta fase, os participantes devem entender o mecanismo das rodadas e das respectivas tomadas de decisão. É importante também perceber quais serão os feedbacks fornecidos ao longo das rodadas e se vai haver algum tipo de penalidade em relação a possíveis atrasos nas decisões e políticas de fim de jogo.

Rodadas de decisão

Esta é a fase mais dinâmica do jogo, na qual os grupos se reúnem em torno das tomadas de decisão que representam as reuniões de planejamento do mundo real.

Já na primeira rodada, o processo de discussão entre cada equipe permite um bom nivelamento do conhecimento entre os seus integrantes.

A partir da segunda rodada os grupos começam a receber os relatórios referentes aos resultados das decisões anteriores. Neste momento ocorre o maior aprendizado prático, pois o grupo constrói o seu conhecimento a partir de uma experimentação. A cada rodada as equipes examinam os seus respectivos resultados, questionam as suas estratégias e ao reavaliar as suas decisões, iniciam uma nova discussão que terminará com as decisões relativas à nova rodada.

Para um maior entendimento das regras jogo é comum a realização de uma rodada teste, após a apresentação inicial. Neste caso os grupos recebem o feedback do que seria a primeira rodada e o jogo recomeça como se nada houvesse acontecido.

Apresentação final

Esta última etapa é conduzida em uma sessão plenária, na qual a discussão transcende os grupos de trabalho e o papel do administrador do jogo se torna vital. O ideal é que está apresentação seja logo após a última rodada, permitindo o encadeamento entre as seqüências de decisões e um exercício dos conceitos aplicados à realidade empresarial. Nesta fase, devem ser apresentadas e discutidas não só as melhores, como também as piores práticas, para que todos aprendam com erros e acertos.

Por ser a logística uma atividade multifuncional e que por definição envolve uma série de trade-offs, normalmente cada equipe norteia suas decisões mais focada em uma determinada função, em detrimento das demais e isto acaba fazendo com que todos os competidores tenham tanto boas quanto más práticas dependendo da área e da rodada que se esteja avaliando. Assim, a análise destes gaps entre a prática das equipes e a melhor prática enriquece e motiva a apresentação.

Como ao longo das rodadas as informações relativas às outras empresas são bastante limitadas, os participantes demonstram um interesse muito grande em acompanhar o que as outras empresas fizeram ao longo do jogo. Neste momento, cada grupo consegue avaliar o seu resultado balizando não apenas nas suas decisões, mas também nas ações de seus concorrentes.

O instrutor responsável pela aplicação do jogo deve estar bem preparado com relação ao que aconteceu ao longo da aplicação para amarrar bem a parte conceitual com a prática da simulação, utilizando as decisões dos grupos e suas conseqüências como exemplos que transmitam um conteúdo ainda mais amplo. Nesta etapa, a curiosidade dos participantes em relação aos resultados faz com estes estejam muito receptíveis, contribuindo ainda mais na consolidação do conhecimento.
APLICAÇÕES

O crescente número de programas de capacitação na área de Logística tem sido acompanhado pela difusão dos jogos de empresa focados nesta atividade. Para se ter uma idéia deste crescimento, apenas nos programas do Centro de Estudos em Logística do COPPEAD participaram de jogos nesta área mais de 750 executivos no ano de 2002, contra cerca de 150 em 1998. Este aumento foi fruto não apenas do crescimento de programas de capacitação na área, como também de uma nova demanda de utilização de jogos em eventos empresariais. A seguir são apresentadas estas duas possibilidades.

  1. Como parte do programa de capacitação

Os jogos de empresa têm uma grande sinergia com outras técnicas de ensino como aulas expositivas e o método do caso. Entre os fatores fundamentais que contribuem para o sucesso destes programas, destacam-se:

  • A grande integração do grupo durante a aplicação dos jogos, aumentando a participação nos métodos mais tradicionais, como sessões expositivas e estudos de caso.
  • O alto grau de motivação com o curso, possibilitando grande absorção de conteúdo, mesmo em programas de elevada carga horária dia.
  • A rica troca de experiências entre os membros das equipes que ao defenderem seus argumentos dentro do grupo trazem os conhecimentos relacionados a sua experiência profissional.

A complementaridade entre as técnicas é importante porque cada uma tem as suas vantagens. As sessões plenárias expositivas, por exemplo, permitem trabalhar com um escopo mais amplo do conhecimento do que um jogo de empresas. Em contrapartida os jogos têm uma maior efetividade como ferramenta de ensino e desenvolvimento, pois nele os participantes vivenciam experiências e constroem o seu aprendizado permitindo uma melhor assimilação de conteúdo e o desenvolvimento de um senso prático de tomada de decisão.

  1. Como ferramenta de sensibilização em eventos empresariais

A grande interface da logística com outras áreas da empresa, como tecnologia da informação, produção, finanças, comercial e marketing, tornam necessária a difusão de conceitos de logística por toda organização. Nesse sentido, os jogos de empresa tornaram-se uma ferramenta importante na busca deste objetivo por propiciar a integração do grupo, a troca de conhecimentos e a fixação de um conteúdo conceitual.

Este tipo de aplicação permite aos participantes assumirem funções diferentes do seu dia a dia, assim, eles podem vivenciar novas experiências e entender com maior profundidade a relação entre a logística e as demais áreas da empresa.

Além dos eventos internos às empresas, o conceito de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos também tem despertado o interesse por eventos que reúnam clientes e ou fornecedores para conscientização da necessidade de uma maior integração e troca de informações entre as empresas. A figura 3, mostra a aplicação de um jogo para a QAD, empresa de software que oferece tecnologias de integração, em um evento com seus clientes para evidenciar a importância da coordenação e integração da cadeia de suprimentos.

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Figura 3 – Aplicação do Jogo da Cerveja no Evento da QAD

CONCLUSÃO

Os jogos de empresa estão conquistando um importante espaço dentro do ensino de administração, mais especificamente na área de logística, onde estão sendo aplicados não só na área acadêmica, como principalmente nos programas de desenvolvimento de executivos.

Os jogos possibilitam capacitar grupos heterogêneos – tanto no que diz respeito à diversidade de capacitações, quanto ao nível de conhecimento – em uma mesma aplicação, sendo ao mesmo tempo interessante e motivador na perspectiva dos participantes. As discussões dentro das equipes de trabalho permitem uma rica troca de experiência e funcionam como um mecanismo de difusão da capacitação. Durante o jogo, os profissionais também ficam bem mais receptíveis a novas informações e novos conhecimentos. O estilo lúdico dos jogos envolve os participantes que reagem de forma ativa diante da necessidade progressiva de avaliar resultados, planejar estratégias e tomar decisões.

Cientes da eficácia e eficiência da utilização dos jogos de Logística nos programas de capacitação, o Centro de Logística do Coppead/UFRJ e o departamento de Marketing e Supply Chain Management da Michigan State University assinaram no último mês de agosto um programa bilateral de troca de conhecimento, permitindo a ambos a utilização de jogos, simuladores e ferramentas de ensino desenvolvidos nessas entidades.

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Figura 4 – Quadro de Dicas

BIBLIOGRAFIA

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  • MIYASHITA, R., Elaboração e Uso de um Jogo de Logística, dissertação de mestrado de Ricardo, COPPEAD/UFRJ, 1997.
  • SIMCHI-LEVY, D., Designing and Managing the Supply Chain, McGraw-Hill, 2000.

https://ilos.com.br

Maurício Lima é Sócio-Diretor do ILOS. Tem experiência como professor e consultor nas áreas de planejamento de demanda e de estoques, Operações de transporte, Logística e Supply Chain Management em grandes empresas. Desenvolve periodicamente pesquisas de Custos Logísticos no Brasil e tem diversos artigos publicados em periódicos e em revistas especializadas. É também um dos autores dos livros: “Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira” e “Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos”.

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