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Aumento do Market Place e as consequências para a Logística

Na semana passada, quando divulgaram os resultados do primeiro trimestre de 2017, as Lojas Americanas e a B2W anunciaram que pretendem mudar o modelo de negócios em operação no Brasil. Até então, a estratégia da B2W era comprar e revender a maior parte dos produtos, o que significava maior necessidade de caixa, espaço para armazenagem e uma sofisticada gestão do transporte que envolve dezenas de parceiros logísticos com capacidade de entrega fracionada em diferentes pontos do País.

Um dos motivos que impulsionou a mudança foi o aumento do Market Place, onde empresas menores se “hospedam” no site de um varejo online com maior visibilidade para vender seus produtos. Essa mudança já era prevista pelo mercado, dado que grandes players do varejo, como Amazon (nos Estados Unidos) e Mercado Livre (no Brasil), operam desta forma.

Segundo informações divulgas pela própria B2W, hoje, cerca de 5 mil empresas vendem seus produtos através do site dela, número esse 43% superior ao primeiro trimestre de 2016. E qual o impacto disso na logística?

Bom, a logística muda bastante. Com menos SKUs em estoque, a empresa que oferece o serviço de Market Place pode se concentrar na compra e venda dos itens com maior giro ou maior margem, dependendo da estratégia que cada empresa quer seguir. Para alguns varejistas, existe ainda a possibilidade de redução da área de armazenagem e aumento do caixa.

Outro importante movimento que vem ocorrendo é a venda de serviço logístico. Se antes a logística era apenas um centro de custo, agora é possível ter receita com a venda do serviço de transporte e, em alguns casos, da armazenagem. Desta forma, agora, além de entregar seus próprios produtos, os grandes varejistas online oferecem o serviço logístico às empresas parceiras do site. Lembrando que, no caso da B2W, são, de início, 5 mil empresas como potenciais clientes para a venda do serviço logístico.

Esse potencial não é pequeno e vale lembrar que a maior parte das empresas que usam o Market Place são de médio e pequeno porte, que não tem logística própria e precisam garantir um nível de serviço equivalente aos dos grandes players. Não à toa que alguns dos maiores varejistas adquiriram, nos últimos anos, transportadores com expertise em entrega fracionada.

A pergunta que fica é se a sua empresa está preparada para essas mudanças?

O mais provável é que, atualmente, a sua empresa venda para o varejo em grandes lotes, e o transporte seja de carga fechada. Nesse modelo, a gestão do estoque e a distribuição fracionada ficam por conta do varejo. Amanhã, com o Market Place cada vez mais forte, a tendência é que o estoque e a responsabilidade da contratação do frete fracionado fiquem com a sua empresa e não mais com o varejo.

Agora é o varejo online que está “puxando” esse movimento, amanhã pode ser o varejo tradicional. Nesse caso, a logística da sua empresa está preparada para isso?

https://ilos.com.br

Monica Barros é Sócia Gerente do ILOS. Possui mais de 20 anos de experiência na área de Logística, atuando em empresas como Shell, Ambev e White Martins. Em consultoria, já participou de diversos tipos de projetos, incluindo Planejamento Estratégico, Desenvolvimento de Redes Logísticas, Gestão de Transporte, Identificação de Oferta e Demanda.

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